Obesidade

A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo. Para o diagnóstico em adultos, o parâmetro utilizado mais comumente é o do índice de massa corporal (IMC).

O IMC é calculado dividindo-se o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado. É o padrão utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que identifica o peso normal quando o resultado do cálculo do IMC está entre 18,5 e 24,9. Veja a tabela completa e descubra o seu IMC aqui. Para ser considerado obeso, o IMC deve estar acima de 30.

A obesidade é fator de risco para uma série de doenças. O obeso tem mais propensão a desenvolver problemas como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, entre outras. São muitas as causas da obesidade. O excesso de peso pode estar ligado ao patrimônio genético da pessoa, a maus hábitos alimentares ou, por exemplo, a disfunções endócrinas.

Fonte: Diretrizes Brasileiras de Obesidade, 4ª Edição. Associação Brasileira para o estudo da obesidade e da síndrome metabólica (ABESO).

Síndrome Metabólica

Síndrome Metabólica corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência insulínica. Pela dificuldade de ação da insulina, decorrem as manifestações que podem fazer parte da síndrome. Contempla um conjunto de fatores de risco metabólico que se manifestam num indivíduo e aumentam as chances de desenvolver doenças cardíacas, derrames e diabetes. Não existe um único critério aceito universalmente para definir a Síndrome. Os dois mais aceitos são os da Organização Mundial de Saúde (OMS) e os do National Cholesterol Education Program (NCEP) – Estados Unidos da América e Canadá. Porém o Brasil também dispõe do seu Consenso Brasileiro sobre Síndrome Metabólica, documento referendado por diversas entidades médicas.

Segundo os critérios brasileiros, a Síndrome Metabólica ocorre quando estão presentes três dos cinco critérios abaixo:

  • – Obesidade central – circunferência da cintura superior a 88 cm na
  • Mulher e 102 cm no homem;
  • – Hipertensão Arterial – pressão arterial sistólica >130 e/ou pressão
  • arterial diastólica >85 mmHg;
  • – Glicemia alterada (glicemia >110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes;
  • – Triglicerídeos >150 mg/dl;
  • – HDL colesterol <40 mg/dl em homens e <50 mg/dl em mulheres.


Fonte: Diretriz Brasileira de diagnóstico e tratamento da Síndrome Metabólica.

Dislipidemias

Há sólida evidência de que altas concentrações séricas de colesterol (dislipidemias) predispõem a doença aterosclerótica, bem como que a sua redução diminui a incidência. A aterosclerose é uma doença inflamatória crônica de origem multifatorial que ocorre em resposta à agressão endotelial, acometendo principalmente a camada íntima de artérias de médio e grande calibre.

A formação da placa aterosclerótica inicia-se com a agressão ao endotélio vascular devido a diversos fatores de risco como elevação de lipoproteínas aterogênicas (LDL, IDL, VLDL, remanescentes de quilomícrons), hipertensão arterial ou tabagismo. Como conseqüência, a disfunção endotelial aumenta a permeabilidade da íntima às lipoproteínas plasmáticas favorecendo a retenção das mesmas no espaço subendotelial. Retidas, as partículas de LDL sofrem oxidação, tornando-as imunogênicas. O depósito de lipoproteínas na parede arterial, processo-chave no início da aterogênese, ocorre de maneira proporcional à concentração dessas lipoproteínas no plasma.

A placa aterosclerótica plenamente desenvolvida é constituída por elementos celulares, componentes da matriz extracelular e núcleo lipídico. Estes elementos formam na placa aterosclerótica, o núcleo lipídico, rico em colesterol e a capa fibrosa, rica em colágeno. As placas estáveis caracterizam-se por predomínio de colágeno, organizado em capa fibrosa espessa, escassas células inflamatórias e núcleo lipídico de proporções menores. As instáveis apresentam atividade inflamatória intensa, especialmente nas suas bordas laterais, com grande atividade proteolítica, núcleo lipídico proeminente e capa fibrótica tênue. A ruptura desta capa expõe material lipídico altamente trombogênico, levando à formação de um trombo sobrejacente. Este processo, também conhecido por aterotrombose, é um dos principais determinantes das manifestações clínicas da aterosclerose, como por exemplo o acidente vascular cerebral e o infarto agudo do miocárdio.

As dislipidemias primárias ou sem causa aparente podem ser classificadas genotipicamente ou fenotipicamente através de análises bioquímicas. Na classificação genotípica, as dislipidemias se dividem em monogênicas, causadas por mutações em um só gene, e poligênicas, causadas por associações de múltiplas mutações que isoladamente não seriam de grande repercussão. A classificação fenotípica ou bioquímica considera os valores do CT, LDL-C, TG e HDL-C. Compreende quatro tipos principais bem definidos:

  1. a) Hipercolesterolemia isolada Elevação isolada do LDL-C (> 160 mg/dL).
  2. b) Hipertrigliceridemia isolada Elevação isolada dos TG (>150 mg/dL), que reflete o aumento do volume de partículas ricas em TG como VLDL, IDL e quilomícrons. Como citado, a estimativa do volume das lipoproteínas aterogênicas pelo LDL-C torna-se menos precisa à medida que aumentam os níveis plasmáticos de lipoproteínas ricas em TG. Portanto, conforme referido acima, o valor do Não-HDL-C pode ser usado como indicador de diagnóstico e meta terapêutica nestas situações.
  3. c) Hiperlipidemia mista Valores aumentados de ambos LDL-C (> 160 mg/dL) e TG (>150 mg/dL). Nestes indivíduos, pode-se também utilizar o Não-HDL-C como indicador e meta terapêutica. Nos casos com TG > 400 mg/dL, quando o cálculo do LDL-C pela fórmula de Friedewald é inadequado, considerar-se-á hiperlipidemia mista se o CT for maior ou igual a 200 mg/dL.
  4. d) HDL-C baixo Redução do HDL-C (homens <40 mg/dL e mulheres <50 mg/dL) isolada ou em associação com aumento de LDL-C ou de TG.

Fonte: Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Prevenção de Aterosclerose.

Suplementação Alimentar

Os suplementos alimentares são preparações destinadas a complementar a dieta e fornecer nutrientes, como vitaminas, minerais, fibras, ácidos graxos ou aminoácidos, que podem estar faltando ou não podem ser consumidos em quantidade suficiente na dieta de uma pessoa. A suplementação deve acompanhar uma alimentação balanceada, que deve conter quantidade e qualidade suficientes para suprir as demandas individuais. O médico Nutrólogo através de sua avaliação bastante detalhada e criteriosa poderá definir todos os objetivos e metas do atleta profissional e também dos atletas amadores e recreativos.

Reeducação Alimentar

A reeducação alimentar funciona porque ela não exige atitudes radicais, e permite que a pessoa coma de tudo, mas na medida certa. Ela consiste em adotar costumes mais saudáveis, de maneira que novas práticas sejam incorporadas à vida da pessoa que se proponha a segui-la.

A reeducação alimentar para emagrecer é a receita para uma alimentação que ajudará você a perder peso de maneira saudável e para sempre. A dica é nunca abandonar os hábitos alimentares saudáveis, e praticar exercícios físicos regularmente.

 

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